domingo, 24 de julho de 2011

A vida que passa.

Outro dia vi a vida passar percebida, por mim.
Passou e não deixou-me resposta ou o que eu deveria fazer,
Nem mesmo mostrou-me quanto pequeno sou diante de tudo e dos fatos,
Passou e não diferenciou os meus acertos dos meus fracassos,
Não mostrou-me sobre a sabedoria ou mesmo a felicidade,
Moutro-se ligeiramente apressada...
Outro dia a vi passar por mim,
Não falou-me da saudade.
Por quem eu deveria sentir.
Não disse que iria sentir dor,
Ou que iria chorar sozinho, ou mesmo que teria tristeza,
Mas uma vez passou apressada.
Outro dia a vi passar novamente, e não avisou-me dos amigos
Daqueles que um dia assim fizera.
Daqueles que hoje já não os tenho ou nem mesmo de longe nos falamos,
Das pessoas queridas, diversas ao qual encontrei por todo e longo caminho,
Não disse-me sobre a gentileza,sobre o orgulho e sobre o ego,sobre a inimizade,sobre a loucura, sobre o tédio, sobre solidão,não disse sobre o amor,
sobre a paixão...
Outro dia a vi passar, agora bem mais lenta,
Mas, era diferente.
Ela agora me olhara.
Parecia que agora me perseguia e me afrontava, e
Aos poucos foi pausadamente repetindo,
As poucas vezes em que eu fui criança, as poucas vezes que eu sorri,
As poucas vezes em que gritei e surtei das coisas e de tudo,
Mostro-me tão lentamente, as poucas vezes que eu errei ou deixei de errar,
Dos acertos que acertei, dos amigos que fiz e os que não quiz me aproximar,
Das tantas noites acordado e das tantas que só dormi,
Recordara a mim.
Os poucos amores que tive, ou simplesmente o único que tive,
As poucas vezes que fui feliz em pronunciar algo ou uma única palavra,
Eu te amo.
Mas,
Continuou passando,
E agora pouco me lembro do dia de ontem,,,
jR.

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